quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Rip Curl Pro Portugal - Organização prevê retorno mediático superior a 10 Milhões €

A organização do Rip Curl Pro Portugal, nona prova do Circuito Mundial ASP, que começa no sábado em Peniche, prevê um retorno mediático superior a 10 milhões de euros (ME), num evento que tem um orçamento de 1,6 ME.
O diretor da Rip Curl Portugal, José Farinha, disse à agência Lusa que o orçamento para a edição deste ano é de 1,6 ME – repartido entre Rip Curl e restantes patrocinadores –, valor que sofreu “uma racionalização de custos”, sobretudo devido ao conhecimento adquirido ao longo das últimas edições.
“O ‘know-how’ que temos vindo a adquirir com o passar dos anos é que nos permite reduzir custos, sem que para isso se reduza a qualidade do produto final. No entanto, os custos inerentes à ASP (Associação Surfistas Profissionais) aumentam todos os anos em cerca de 10 por cento”, disse José Farinha.
Este ano, a organização prevê superar os resultados da edição passada, que foi de 10 ME face ao investido, e para tal desenvolve, em parceria com os patrocinadores, “um plano de meios mais criativo e abrangente, como foi o caso da TMN através da rede de paragens de autocarro”.
Depois do retorno do investimento alcançado nas últimas edições, que “superou as expetativas”, a valorização da região também ganhou com o evento, nomeadamente, através de uma taxa de ocupação hoteleira “muito próxima dos 100 por cento numa altura de sazonalidade baixa” e da visita de cerca de 120.000 pessoas durante o campeonato.
“O impacto do Rip Curl Pro na economia local vai muito além dos dias em que a prova se realiza”, assegurou o presidente da Câmara Municipal de Peniche, acrescentando que a competição garante visitantes “ao concelho, à região e ao país, que permanecem antes, durante e após” a mesma.
António José Correia calcula que o concelho consiga um retorno “entre os quatro e os seis milhões de euros, repartidos entre alojamentos, restauração, animação noturna, serviços de animação turística, compras, entre outras atividades”.
A presença de Kelly Slater em Peniche, local que já é considerado a “Califórnia da Europa”, faz também aumentar as expetativas da organização quanto ao retorno do investimento, sobretudo porque o surfista poderá ficar mais próximo do seu 11.º título mundial.
“Sendo Kelly Slater um dos ícones, não só do surf, mas também do desporto mundial, o facto de a prova portuguesa poder ficar ligada como o local em que o mesmo se sagrou campeão do Mundo pela 11.ª vez aumenta claramente as expetativas”, sublinhou o diretor da Rip Curl Portugal.
Além de Slater, a organização destaca também a presença do australiano Owen Wright, de 21 anos, atleta que representa a Rip Curl e que se encontra em “luta acesa” pelo título mundial com o norte-americano.
Mas Peniche tem também “o incontornável” Tiago Pires, único atleta português que integra a elite do surf mundial, que este ano “pode obter um resultado acima do que tem feito nas anteriores edições, facto que iria sem dúvida trazer ainda mais público às praias”, admitiu José Farinha.
Este ano, a organização espera também perto de 100.000 visitantes nas praias de Peniche durante os nove dias de prova, que, entre ‘staff’, surfistas e imprensa, envolve 500 pessoas.
Tal como nas primeiras edições, o evento tem preocupações a nível ambiental, sendo que a Rip Curl Planet (divisão da Rip Curl responsável por toda a área social) irá desenvolver um programa de compensação da pegada carbónica causada pelo evento.
Entre 15 e 24 de outubro, as praias do concelho de Peniche recebem pelo terceiro ano consecutivo a prova do circuito mundial.
A praia de Supertubos, assim chamada pela ondas perfeitas que podem chegar aos cinco metros de altura, volta a receber os vencedores da prova de 2009, o australiano Mick Fanning, e 2010, o norte-americano Kelly Slater. Ambos acabaram por se sagrar campeões do Mundo, após triunfarem na etapa portuguesa.

1 comentário:

  1. LOL, duvido, os espectadores raramente se deslocam à cidade, já o ano passado foi o mesmo, falou-se em retorno para a cidade e ouvi de vários comerciantes dados contrários, penso que se a prova fosse dentro da cidade talvez o retorno fosse outro, sofremos da localização da melhor onda que temos, não se pode ter tudo. aproveito para comentar também o facto de este ano não ter havido um respeito pela natureza nas infraestruturas nos Supertudos, instalar em cima das dunas não é solução, lá se vai a vegetação naquele sitio, não querendo voltar a falar da destruição completa do mítico pico da mota, agora puro estacionamento(arrasaram tudo). Penicheiro.

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