A praia da Almagreira, em Peniche, vai ser laboratório de uma experiência que visa produzir energia eléctrica com base nas correntes marítimas. Trata-se de um projecto de 5 milhões de euros, no qual participam finlandeses, portugueses, alemães e belgas, com 1,1 milhões de euros afectados aos Estaleiros Navais de Peniche para a montagem final de uma estrutura que será submersa a 25 metros de profundidade e que estará ligada a terra por um cabo submarino pelo qual será transportada a energia eléctrica a ser injectada na rede da REN.
É uma plataforma invulgar a que está a ganhar corpo nos estaleiros de Peniche e que em Maio deverá ser submergida na praia da Almagreira, perto do Baleal. É constituída por três módulos de produção de energia sobre as quais assentam três asas que se movimentam ao sabor das correntes submarinas no fundo do mar.
O software e grande parte do hardware têm origem em Kotka, na Finlândia, ficando os portugueses com a missão da montagem final e preparação da fixação da estrutura ao fundo do mar, que está a cargo dos Estaleiros Navais de Peniche.
Os trabalhos estão em curso desde Janeiro e, se tudo correr bem, esta plataforma será depositada a três milhas da praia da Almagreira esperando-se que venha a produzir 300 Kw/hora.
Trata-se de uma quantidade residual de energia eléctrica (menos de 1% da capacidade de um moinho eólico), mas o que está em causa não é, para já, produzir em escala, mas sim testar uma tecnologia que é nova e que tem um grande potencial. O domínio é o da pura I&D (Investigação e Desenvolvimento) e por isso é que o projecto é financiado pela Comissão Europeia, através do 7º Programa-Quadro.
O software e grande parte do hardware têm origem em Kotka, na Finlândia, ficando os portugueses com a missão da montagem final e preparação da fixação da estrutura ao fundo do mar, que está a cargo dos Estaleiros Navais de Peniche.
Os trabalhos estão em curso desde Janeiro e, se tudo correr bem, esta plataforma será depositada a três milhas da praia da Almagreira esperando-se que venha a produzir 300 Kw/hora.
Trata-se de uma quantidade residual de energia eléctrica (menos de 1% da capacidade de um moinho eólico), mas o que está em causa não é, para já, produzir em escala, mas sim testar uma tecnologia que é nova e que tem um grande potencial. O domínio é o da pura I&D (Investigação e Desenvolvimento) e por isso é que o projecto é financiado pela Comissão Europeia, através do 7º Programa-Quadro.
O objectivo é, pois, experimentar, aperfeiçoar, optimizar, de modo a que mais tarde, se possa produzir mais e melhor tecnologia e expandir esta fonte de energia, que é renovável e limpa porque não tem quaisquer impactos ambientais negativos. Nem sequer paisagísticos porque os equipamentos estão no fundo do mar.
Optimistas, os finlandeses projectam instalar em 2013 uma versão pré-comercial com uma capacidade de 5 Mw/hora, ou seja, 17 vezes mais do que a da plataforma agora em construção.
Denominado Surge – Simple Underwater Renewable, este projecto tem como parceiros a AW Energy Oy, que lidera, e a Multimart Oy, ABB Oy, todos finlandeses. A parte portuguesa é composta pela Câmara Municipal de Peniche, Estaleiros Navais de Peniche, Instituto Hidrográfico, Centro de Energia das Ondas e a empresa do grupo Lena, Eneólica, SA. Há ainda um parceiro alemão (Bosch Rexroth) e outro belga (Instituut voor Infrastructuur).
Carlos Mota, presidente dos Estaleiros Navais de Peniche reconhece que não é este projecto que vai salvar a empresa das dificuldades crescentes com que se tem debatido devido a uma grande quebra nas encomendas nos últimos meses. Mas sublinha que, se isto resultar, a sua empresa poderá vir a ser o embrião de um cluster muito semelhante ao da energia eólica. Ainda assim, a montagem da plataforma e a sua fixação no fundo do mar representam 25 mil horas de trabalho para os estaleiros penichenses.
Estes estaleiros são a maior empresa privada de construção naval do país e tiveram em 2011 um volume de negócios de 15 milhões de euros, mas o seu administrador não quis divulgar os resultados líquidos, limitando-se a enfatizar que “apesar do momento de recessão económica, foram positivos na ordem das centenas de milhar de euros”.
A empresa conta actualmente com 120 trabalhadores, mas ainda no Verão passado eram 220. Carlos Mota explica que esta redução se deveu à também redução do volume de trabalho que ocorreu no segundo semestre de 2011.
Para a cidade de Peniche este projecto é mais uma oportunidade para se afirmar a nível internacional como um pólo de actividades ligadas ao mar. Daí que o próprio município seja parceiro no projecto.
O presidente da Câmara, António José Correia, diz que foi contactado pelos finlandeses em 2006. “Eles tinham uma ideia de que a costa desta zona tinha condições interessantes para acolher este tipo de projectos e eu disse que faria sentido utilizar as competências locais na área dos estaleiros e no mergulho”, contou.
A autarquia tem actuado também como “agente facilitador” na ligação com a administração central, procurando obter as autorizações e licenciamentos necessários numa área sobre a qual – devido ao seu carácter inovador – não há praticamente legislação.
Optimistas, os finlandeses projectam instalar em 2013 uma versão pré-comercial com uma capacidade de 5 Mw/hora, ou seja, 17 vezes mais do que a da plataforma agora em construção.
Denominado Surge – Simple Underwater Renewable, este projecto tem como parceiros a AW Energy Oy, que lidera, e a Multimart Oy, ABB Oy, todos finlandeses. A parte portuguesa é composta pela Câmara Municipal de Peniche, Estaleiros Navais de Peniche, Instituto Hidrográfico, Centro de Energia das Ondas e a empresa do grupo Lena, Eneólica, SA. Há ainda um parceiro alemão (Bosch Rexroth) e outro belga (Instituut voor Infrastructuur).
Carlos Mota, presidente dos Estaleiros Navais de Peniche reconhece que não é este projecto que vai salvar a empresa das dificuldades crescentes com que se tem debatido devido a uma grande quebra nas encomendas nos últimos meses. Mas sublinha que, se isto resultar, a sua empresa poderá vir a ser o embrião de um cluster muito semelhante ao da energia eólica. Ainda assim, a montagem da plataforma e a sua fixação no fundo do mar representam 25 mil horas de trabalho para os estaleiros penichenses.
Estes estaleiros são a maior empresa privada de construção naval do país e tiveram em 2011 um volume de negócios de 15 milhões de euros, mas o seu administrador não quis divulgar os resultados líquidos, limitando-se a enfatizar que “apesar do momento de recessão económica, foram positivos na ordem das centenas de milhar de euros”.
A empresa conta actualmente com 120 trabalhadores, mas ainda no Verão passado eram 220. Carlos Mota explica que esta redução se deveu à também redução do volume de trabalho que ocorreu no segundo semestre de 2011.
Para a cidade de Peniche este projecto é mais uma oportunidade para se afirmar a nível internacional como um pólo de actividades ligadas ao mar. Daí que o próprio município seja parceiro no projecto.
O presidente da Câmara, António José Correia, diz que foi contactado pelos finlandeses em 2006. “Eles tinham uma ideia de que a costa desta zona tinha condições interessantes para acolher este tipo de projectos e eu disse que faria sentido utilizar as competências locais na área dos estaleiros e no mergulho”, contou.
A autarquia tem actuado também como “agente facilitador” na ligação com a administração central, procurando obter as autorizações e licenciamentos necessários numa área sobre a qual – devido ao seu carácter inovador – não há praticamente legislação.
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