segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ondas não são só para surfar

A energia que chega aos cerca de 500 quilómetros de costa portuguesa é de 120 TWh/ano. A conversão de apenas 1% desta energia em energia útil produziria 1,2 TWh/ano, correspondendo a uma potência instalada de 550 MW. Com o potencial bastante subaproveitado, a energia das ondas e das marés é ainda considerada um sector pouco rentável, já que implica um investimento e manutenção elevados, numa tecnologia ainda pouco eficaz.

Ainda assim, começam a surgir alguns projectos de média envergadura, como o que está a ser levado a cabo na zona de Peniche, na tentativa de criar na praia da Almagreira um grande parque mundial de energia das ondas, afirma António José Correia, presidente da câmara da cidade. Caso avance, o investimento, que ronda os 100 milhões de euros, colocará Portugal na linha da frente da produção mundial desta energia, com um projecto que prevê uma potência instalada entre os 50 e os 100 MW. Para já, o projecto-piloto vai instalar dezenas de máquinas, que permitirão ter uma potência total instalada de 1 MW.

Também na ilha do Pico, nos Açores, está em operação uma central com 400 kW, que é a primeira no mundo a produzir electricidade a partir de energia das ondas de forma regular. Esta é uma central onshore. Mas o futuro deste tipo de produção reside nas centrais offshore, uma área em que se prevê para Portugal um potencial bastante elevado, que pode levar a que em 2025 cerca de 20% da electricidade consumida no nosso país tenha esta origem.

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